24 de out. de 2008

A História da música e educação


A Música na educação Ocidental

A música sempre teve seu lugar, às vezes mesmo um papel central na educação ocidental.

Os habitantes da Mesopotâmia acreditavam que os intervalos musicais eram o espelho da harmonia do Universo, e podemos supor que a música fosse estudada conjuntamente com a astronomia e a matemática nos seus templos. Para os gregos, a música significava cultura intelectual em geral, incluindo a literatura e a arte, para além da música no sentido moderno; a música (cultura do espírito) e a ginástica (cultura do corpo) eram os dois principais ramos da educação, e também dois dos principais atributos dos deuses gregos.

Na Idade Média, a Igreja monopolizou a educação: a principal utilidade do treino musical era então a de garantir a entoação correta do cantochão. As primeiras scholae cantorum surgiram no início da Idade Média e continuaram a ter um papel crucial na educação musical européia durante muitos séculos.

A velha associação da teoria musical com a matemática e a astronomia foi mantida nos currículos universitários medievais e renascentistas, cujas matérias se dividiam em dois grupos: o quadrivium (geometria, aritmética, música e astronomia) e o trivium (gramática, dialética e retórica). Durante a Renascença, a capacidade de tocar um instrumento ou cantar era socialmente indispensável, e qualquer artista ou pensador tinha conhecimentos de teoria musical.

A importância da música no pensamento dos reformadores

A música tinha um papel significativo no pensamento de vários reformadores da educação dos sécs. XVIII – XIX. Muitos deles basearam-se no filósofo francês Jean-Jacques Rosseau (1712-78), que se interessou pela música ao longo de toda a sua vida. No seu livro “Emile”, em que descreve a educação ideal para um rapaz, Rosseau incluiu propostas pormenorizadas para o treino musical. Sugeriu que o interesse pela música poderia ser despertado se os alunos aprendessem canções simples por ouvido, da mesma forma que aprendemos a falar, sendo que a leitura musical só deveria vir depois. Muitos professores de música modernos, concordam hoje com estas idéias.

Sucessores de Rosseau (distintos pensadores na época), realçaram também o valor da música na educação. Pestalozzi, sustentava que a música ajudava a «harmonizar» o caráter, e Froebel sustentava que a música ajudava a criança a realizar todo o seu potencial. A ligação entre a música e movimentos corporais, a importância do ritmo e da coordenação motora, o desenvolvimento da memória auditiva, constituíram ainda a base de importantes metodologias de ensino usadas na europa central.

A música: sublime e universal linguagem..

Para concluir e pelo que acima foi dito podemos inferir que a música relaciona-se com outras áreas chave da educação e formação da humanidade, como por exemplo a Matemática;Ciência; Atividade Física; Atividade Social; Arte/Tecnologia e Linguagem, tendo sido veículo de importantes permutas culturais e suporte essencial de tantas outras artes como a poesia, a dança, o teatro, o cinema, etc. Desta forma e pelo ensinamento que a história e a atualidade nos dá seria um desperdício, quase uma falta imperdoável, não proporcionarmos hoje aos alunos o ensino de tão sublime e universal linguagem.